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Nas últimas semanas os acionistas do fundo imobiliário CPTS11 foram surpreendidos com os rendimentos anunciados pela gestora da carteira. E para desmitificar isso, vamos entender o que ocorreu, e se faz sentido continuar com o fundo na carteira. Por que o rendimento do CPTS11 caiu tanto?
Lembre-se, este vídeo não é uma recomendação de compra!
CPTS11 QUEDA NOS DIVIDENDOS AINDA VALE A PENA INVESTIR? |
O fundo imobiliário CPTS11 explicou ao mercado as razões para a redução dos seus rendimentos em dezembro. Por meio de relatório gerencial publicado na terça-feira dia 13, a gestora explicou que o giro de carteira, embora positivo no longo prazo, afetou os ganhos do último mês.
Em novembro, o fundo de papel gerido pela Capitânia Investimentos pagou R$ 0,85 por cota. Naquele mês, a gestora afirmou que “os ganhos do fundo se estabilizariam nos próximos meses, dado o aumento da inflação”.
Nos últimos 12 meses, os dividendos do CPTS11 acumulados foram de R$ 12,17, uma média de R$ 1,01 por cota. O dividend yield anualizado segue em 15,12%, segundo dados do Status Invest.
CPTS11 destaca sua estratégia e explica redução de rendimentos.
Em sua explicação sobre a redução dos seus rendimentos, o CPTS11 deixou claro que não houve nenhum problema de crédito com a carteira do fundo, que segue saudável e com retorno competitivo.
O que afetou o FII de papel foi justamente os três meses de deflação entre julho e setembro. Como existe uma defasagem de 2 meses em relação à atualização monetária, a queda foi sentida no último rendimento divulgado.
A gestora explica que uma série de iniciativas ajudou a defender o resultado do CPTS11 nos meses de agosto a outubro. O fundo fez reciclagem da carteira, gerando ganho de capital. Naquele contexto, a carteira de fundos e o giro da carteira de C.R.Is ajudou no retorno do fundo.
“Além do aspecto macro, percebemos que a recente performance negativa do CPTS11 o deixou consideravelmente descontado em relação à avaliação média histórica, em função, acreditamos, do aumento do prêmio de risco visto em todo o mercado, mas também com uma expectativa negativa em relação à entrega de rendimentos do fundo no curto prazo”, comenta.
Porém, no mês de novembro o aumento das taxas de juros futuros e a queda dos fundos na bolsa de valores, os ganhos do CPTS11 com sua carteira de fundos ficaram prejudicados.
Como o fundo não está em condições ideais para realizar emissão de cotas, a reciclagem da carteira se dá via giro, ou seja, com venda de ativos no mercado secundário. “Isto implica em alguns casos na venda de C.R.Is a taxas piores que as taxas de aquisição”, destaca a gestora.
O fundo imobiliário Capitânia Securities II (CPTS11) é um fundo constituído sob a forma de condomínio fechado cujo objetivo é proporcionar rentabilidade aos seus cotistas por meio da aquisição preponderantemente de ativos de origem imobiliária.
Isso faz com que o fundo tenha um “prejuízo caixa” momentâneo para que o fundo possa comprar ativos de mesmas características a taxas melhores.
“Mas por que fazemos isto? Acreditamos que o papel do gestor é sempre olhar um horizonte de investimento maior e se adequar à realidade do momento. Deixar de fazer o que é certo em função do dividendo de um mês não nos parece uma escolha correta”, justifica a gestora.
E então, o que vocês acharam da explicação da gestora, ainda vale a pena continuar com o fundo? Espero que tenham gostado, fico por aqui.
Até a próxima.
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