TORD11 deixa cotista sem dividendos e culpa inflação;
O TORD11 explicou nesta última segunda-feira 15 de agosto, a
razão para não distribuir rendimentos em agosto. O relatório argumentou que
mesmo com resultado caixa positivo no mês, optou deixar seus cotistas sem
dividendos para “proteger o Fundo”.
Os 100 mil cotistas do fundo foram comunicados no dia 05 de
agosto que “não haveria distribuição de rendimentos referente ao mês de julho
de 2022, apesar de resultado caixa positivo apurado”.
TORD11 ZEROU DIVIDENDOS e CULPA A INFLACAO - QUANDO VOLTARÁ AO NORMAL? |
Para você que é investidor recém-chegado aos Fundos de Investimentos Imobiliários, fique sabendo que esse tipo de situação é passível de acontecer com qualquer um.
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Nos últimos 30 dias, a cotação da TORD11 teve uma
desvalorização de 7,07%, saindo de R$ 8,63 para R$ 8,02. A super desvalorização
foi devido ao comunicado da suspensão dos dividendos de agosto.
TORD11 COTAÇÃO |
Na justificativa do fundo, a inflação é a grande culpada
pela ausência de dividendos de TORD11 na conta dos seus cotistas. A gestora
explicou que o setor de multipropriedade, onde o Fundo concentra grande parte
dos seus investimentos, “não é considerado um produto de primeira necessidade”,
o que afeta diretamente os resultados do fundo.
Deste modo, a gestora comenta que existe certa mudança do
perfil do produto vendido, além de aumento da inadimplência ou pedidos de
cancelamentos dos produtos negociados no mercado. Com as férias de julho, a
gestora disse que espera um aumento das vendas de novas cotas dos ativos do
setor hoteleiro e de lazer, o que deve compensar os efeitos no médio prazo.
COMENTÁRIOS TORD11 |
Mesmo assim, a gestora vê grande pressão de caixa no curto
prazo para pagar os cancelamentos, o que exigiu cautela do fundo. Por isso os
resultados de TORD11 foram retidos e os cotistas ficaram sem rendimentos.
Por lei, os fundos imobiliários são obrigados a distribuir,
em forma de dividendos, o mínimo de 95% dos lucros auferidos no semestre,
encerrados em 30 de junho e 31 de dezembro de cada ano.
O fundo citado acima, portanto, não fez nada que não
estivesse autorizado em lei.
Problema sem previsão de solução
Além disso, o fundo aproveitará para utilizar a maior parte
do seu caixa para aporte em seus ativos de equities, em especial nos projetos
Kawana Residence, Makaira Beach Resort e Resort do Lago. Na classe equity e
CRIs, 76% dos ativos investidos pelo fundo são do setor de hotelaria, enquanto
16,1% é do setor residencial.
Neste aspecto, a gestora ainda não tem previsão de quando a
situação de incerteza do mercado vai acabar ou em que momento os resultados do
fundo serão normalizados. Até o momento, as vendas nas principais praças
turísticas responderam bem, mas ainda é cedo para saber se a tendência foi
revertida”, afirma a gestora.
Conforme explica em seu relatório gerencial, o objetivo do
Tordesilhas EI FII é proporcionar aos cotistas a valorização e a rentabilidade
de suas cotas no longo prazo, por meio de investimentos em ativos imobiliários
– crédito privado, cotas de FIIs, ativos de renda fixa – auferindo rendimentos
e ganhos de capital.
A maior parte dos seus investimentos são em cotas de outros
FIIs, equities e CRIs.
Atualmente, 39,5% do portfólio do Tordesilhas EI está
concentrado em equities – participação do fundo no desenvolvimento de empreendimentos
imobiliários para a futura venda de unidades ou cotas. Além de ainda não
gerarem receitas para o fundo – e, consequentemente, dividendos para os
cotistas – os projetos têm demandado mais recursos da carteira.
COMENTÁRIOS TORD11 |
Em meio à necessidade de mais caixa, o fundo ainda tem
enfrentado dificuldade na geração de recursos com os certificados de recebíveis
imobiliários (CRI) presentes na carteira. O título representa receitas futuras
de empresas do setor imobiliário – como aluguéis ou parcelas pela venda de apartamentos,
por exemplo – que são vendidas aos investidores. Em geral, o CRI embute um
rendimento prefixado e a correção monetária por um indicador, que normalmente é
a taxa do CDI ou o IPCA.
Tanto os CRIs como os equities do Tordesilhas EI são focados
no segmento de multipropriedades – hotelaria, residência, comércio e lazer,
setores mais sensíveis ao aumento da inadimplência ou cancelamento de negócios,
como destaca o relatório gerencial do fundo.
Se você ficou conosco até o momento, precisa receber um bônus,
e antes de finalizar, vamos à um item importante, o caixa do fundo, quando
olhamos para ambos os regimes, seja caixa ou competência, realmente podemos
perceber, que o fundo fechou positivo. Contudo, no regime de caixa, os
indicadores estão equilibrados com os meses anteriores, tanto para receita
quanto para despesa. Mas, quando olhamos o regime de competência, a receita
apurada foi bem inferior ao mês anterior saindo de R$ 1.922 milhão para R$
1.285 milhão, e a despesa não acompanhou a receita com diminuição, ficou
equiparada com os saldos anteriores, ou seja, levando à um resultado de
competência menor diante de meses anteriores, com R$ 901 mil frente à R$ 1.536
milhões de junho.
RELATÓRIO GERENCIAL TORD11 CAIXA |
Entenda rápido, o regime de caixa apura a despesa e a
receita no ato da liquidação, quando foi efetivamente paga ou recebida, no
regime de competência, a despesa e a receita são contabilizadas no ato do
nascimento, seja ela uma dívida ou um recebimento.
Antes de finalizar, novamente, peço seu apoio, não esqueça
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